Aplicação e análise da ferramenta ‘índice comportamental’ na gestão de uma obra conceptual de Joseph Kosuth

  • Francisca Sousa Museu Berardo
Palabras clave: conservação de arte contemporânea, obras variáveis, índice comportamental, Joseph Kosuth, arte conceptual

Resumen

Este artigo documenta a aplicação da ferramenta de gestão de arte conceptual ‘índice comportamental’ (Stigter 2011) a One and three plants, 1965 de Joseph Kosuth. A arte contemporânea engloba diversas obras com características variáveis, frequentemente intrínsecas. A análise do ‘comportamento’ de determinada obra ao longo do tempo e das suas iterações, permite-nos construir uma perspetiva biográfica que pode auxiliar um processo de decisão mais consciente e responsável. Dado o vasto espectro de documentação gerada na instalação e conservação destas obras, urge apelar a uma abordagem de conservação que seja sistemática, simplificada e de fácil interpretação. O ‘índice comportamental’ permite abranger grandes quantidades de informação, frequentemente subjetiva, num sumário biográfico com uma importante componente visual e esquemática. A aplicação desta ferramenta a One and three plants permitiu delimitar o espectro da sua variabilidade, refletindo sobre apresentações passadas e eventuais exposições futuras numa apreciação crítica essencial para a sua preservação.

Descargas

La descarga de datos todavía no está disponible.

Biografía del autor/a

Francisca Sousa, Museu Berardo

Mestre em Conservação e Restauro pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, estagiou no Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea (2007), tendo como especialização a Conservação Preventiva e a Conservação e Restauro de arte contemporânea - vertente materiais poliméricos. Obteve o grau de mestre em Gestão de Coleções (2019). Exerceu funções de conservadora-restauradora na Ellipse Foundation - Contemporary Art Collection entre 2007 e 2011. É também membro do CEMES - Centro de Estudos Multidisciplinares Ernesto de Sousa e desde 2011 trabalha como registrar no Museu Coleção Berardo. As suas mais recentes pesquisas e formação incidem sobre ética em conservação e conservação de novos media.

Citas

COLEÇÃO BERARDO, One and three plants, Joseph Kosuth, https://www.berardocollection.com/?sid=50004&CID=102&work=321&lang=pt, [28.01.2021].

DEPOCAS, A., J. IPPOLITO, and C. JONES, eds. (2003). Permanence through change: The Variable Media Approach / L’Approche des Médias Variables: La permanence par le changement. New York and Montreal: Guggenheim Museum and Daniel Langlois Foundation for Art, Science, and Technology

FABRE, E. e SCHLATTER, C. (2009). Algumas obras a ler, Lisboa, Museu Coleção Berardo.

FOSTER, H. (2004). Art since 1900: modernism, antimodernism, postmodernism. London, Thames & Hudson, (pp. 603-604, 607, 663).

GALERIE RENÉE ZIEGLER (1992). Joseph Kosuth, Protoinvestigations 1965 & The first investigations 1967, Zurique

GEGNER. A. Correspondência eletrónica, Galeria Sprüth Magers [2.06.2020].

GORDON, R. (2014). “Identifying and pursuing authenticity in contemporary art.”, Gordon, R., Hermens, E. and Lennard, F. (eds.) Authenticity and Replication: The ‘Real Thing’ in Art and Conservation. Archetype Publications: London, UK.

KOSUTH, J. (1991). Art after Philosophy and After: Collected Writings, 1966-1990, Gabriele Guercio (Ed.), Cambridge: MIT Press, https://monoskop.org/images/4/46/Kosuth_Joseph_1969_1991_Art_After_Philosophy.pdf.

LABORATIVO (2014). Especial Viagem: O Museu Berardo é pura surpresa!. http://laborativo.blogspot.com/ [consulta: 22/09/2020].

LAPA, P. Correspondência eletrónica, Museu Coleção Berardo [consulta: 18/02/2014].

LAPA, P. Conserva telefónica, Museu Coleção Berardo [consulta: 15/05/2020].

MARÇAL, H. (2017). “Conservation in an era of participation”. Journal of the Institute of Conservation, 40(2): 97-104. https://doi.org/10.1080/19455224.2017.1319872.

SMITH, C. Correspondência eletrónica, Joseph Kosuth Studio, Nova Iorque [consulta: 11/11/2020].

STIGTER, S. (2011). “How material is conceptual art? From certificate to materialization: installation practices of Joseph Kosuth’s ‘Glass (one and three)’.” Em T. Scholte, & G. Wharton (Eds.), Inside installations: theory and practice in the care of complex artworks: 69-80. Amsterdam University Press.

STIGTER, S. (2015). “Co-Producing Conceptual Art: A Conservator’s Testimony. RHA 04: Performing Documentation in the Conservation of Contemporary Art, (Eds.). Matos, L.A., Macedo, R., Heydenreich, G. Instituto de História da Arte, Universidade Nova de Lisboa, Lisboa.

STIGTER, S. (2016). “Autoethnography as a new approach in conservation”, Studies in Conservation: IIC 2016 LA Congress: Saving the Now 61(S2): 227–32. http://dx.doi.org/10.1080/00393630.2016.1183104.

STIGTER, S. (2017). “A behaviour index for complex artworks: A conceptual tool for contemporary art conservation.” ICOM-CC 18th Triennial Conference Preprints, Copenhagen, 4–8 September 2017, ed. J. Bridgland, art. 0910. Paris, International Council of Museums. https://dare.uva.nl/search?identifier=210b66af-e4f8-40bb-a3ad-fff65864bb57

VAN DE VALL, R., HÖLLING, H., SCHOLTE, T., & STIGTER, S. (2011). “Reflections on a biographical approach to contemporary art conservation”. J. Bridgland (Ed.), ICOM-CC: 16th Triennial Conference, Lisbon, 19-23 September 2011: preprints [cd-rom] Critério. https://dare.uva.nl/search?identifier=d2340d58-6edb-49e9-baa8-c87ee11804e9.

WHARTON, G. (2015). “Artist intention and the conservation of contemporary art”. Hamilton, E., Dodson, K. (Ed.) Objects Specialty Group Postprints, Volume 22: 1-12. Washington, DC, The American Institute for Conservation of Historic & Artistic Works. http://resources.culturalheritage.org/osg-postprints/wp-content/uploads/sites/8/2015/05/osg022-01.pdf.

Publicado
2021-06-16
Cómo citar
Sousa, F. (2021). Aplicação e análise da ferramenta ‘índice comportamental’ na gestão de uma obra conceptual de Joseph Kosuth. Ge-Conservacion, 19(1), 239-247. https://doi.org/10.37558/gec.v19i1.988
Sección
Suplemento